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segunda-feira

Criando um projeto Maven no Linux

O que é Maven?

Maven é uma ferramenta da Apache Software Foundation usada para gerenciamento e automação de projetos em Java. Com ele você consegue gerenciar com mais facilidade as dependências do seu projeto. Ele é similar ao Ant, também da apache porém é mais fácil de configurar.

O Maven centraliza as informações do projeto em um arquivo chamado pom.xml (Project Object Model). Neste arquivo são descritos dados como: nome do projeto, informações dos desenvolvedores, dados do repositório e sistema de controle de versão, dependências de bibliotecas externas entre outros…

Instalando o Maven

Para instalar o maven em seu ambiente de trabalho digite o seguinte comando no console:

sudo apt-get install maven2

Ao instalar o maven2, ele cria um repositório em sua máquina que pode ser acessado através do comando:

cd ~/.m2/repository

Neste repositório ele colocará todas as bibliotecas que você declarar nos pom.xml das suas aplicações. O interessante é que estas aplicações ficam minúsculas no controle de versão, já que as bibliotecas estão centralizadas no maven e não precisam mais acompanhar os fontes dos projetos.

No maven, toda vez que você compila a aplicação ele executa o download daquelas libs declaradas que não constam no repositório local e, por isso, se você baixar os fontes do projeto em outra máquina, basta instalar o maven e ele resolverá todas as dependências para você.

Agora que o ambiente está preparado, vamos criar a pasta do projeto?

Crie e acesse a pasta que receberá nosso projeto maven. ex:

mkdir helloworld
cd helloworld

O que são archetypes?

O Maven trabalha com archetypes ou arquétipos que tem por significado, segundo o site http://www.eon.com.br/unilae/unil351.htm, padrão original ou modelo, a partir do qual outras coisas da mesma natureza são feitas. Protótipo Ideal das coisas, idéia que serve de modelo em relação a outras. Ou seja, você cria projetos utilizando modelos pré-definidos segundo a necessidade e o archetype se encarrega de organizar toda a estrutura inicial. Para um projeto web, por exemplo, o archetype montaria a seguinte estrutura de pastas:

  • /pom.xml
    • src
      • main
        • java
        • resources
        • webapp
      • test
        • java
        • resources
        • webapp
  • readme.txt
  • license.txt
Esta estrutura é um padrão para projetos java web. Dentro da pasta raiz '/' não deve existir nada além do pom.xml, o src, o readme.txt e o license.txt. Todas as classes java devem ficar dentro de /src/main/java. Todos os arquivos relativos a web (jsp, html, xhtml) devem ficar dentro de /webapp e os demais arquivos, como os .properties, devem ficar dentro de /resources.

Se o seu projeto for utilizar mais de uma linguagem de programação, como por exemplo, Java e Ruby, você deve criar uma pasta para os códigos ruby no mesmo nível da pasta Java. ex:

  • /pom.xml
    • src
      • main
        • java
        • ruby
        • resources
        • webapp
      • test
        • java
        • ruby
        • resources
        • webapp
  • readme.txt
  • license.txt
A pasta test contém a mesma estrutura da pasta main, mas, como o próprio nome sugere, é utilizada apenas para testes.

Quando você compila um projeto no maven com o mvn compile, ele cria uma pasta target no nível do /src para publicar a aplicação, por isso, quando for remeter seu projeto para o repositório do controle de versão, não envie esta pasta, execute o comando mvn clean e ele limpará o projeto deletando os arquivos desnecessários.

Agora que você conhece o archetype crie o projeto Maven através do comando:

mvn archetype:generate

Este comando, archetype:generate, irá iniciar um wizard para a criação do projeto. O processo é muito intuitivo basta apenas entender o que significam os termos que serão solicitados durante a criação. São eles:

groupId : domínio do fabricante ex: br.com.fabriciojf;

artifactId : nome do projeto ex: helloworld;

versao : versão do projeto. O maven utiliza o padrão '1.0 SNAPSHOT' para a versão corrente em desenvolvimento, por isso, é bom utilizarmos o mesmo para o nosso projeto;

package : nome do pacote java que deverá ser gerado inicialmente ex: br.com.fabriciojf.helloworld;

Após esses passos, serão listados os archetypes disponíveis no repositório oficial do maven. Você deve escolher a opção desejada e pressionar Y. Pronto, o projeto já está criado. Agora podemos acrescentar suas dependências no pom.xml e criar os arquivos da aplicação em sua ide de preferência, respeitando a hierarquia de pastas descrita acima. O interessante é que o projeto criado pelo maven já é reconhecido pelo Netbeans e pelo Eclipse, por isso, não é necessário criar um novo projeto com fontes existentes basta abri-los normalmente.

Se você não encontrou um archetype que sirva às suas necessidades, baixe-o de outro repositório, basta descobrir sua url e informá-la para o archetypeCatalog. Ex: Para baixar um archetype JSF/JSP de outro repositório, digite na linha de comando:

mvn archetype:generate -DarchetypeCatalog=http://myfaces.apache.org

Onde -D é o atributo que define o novo valor para a variável archetypeCatalog. Este comando altera o catálogo do maven apenas neste momento, após sua execução ele retornará ao repositório default.
Bem pessoal, esta é minha primeira matéria sobre Java aqui no portal. Espero ter ajudado aqueles que ainda não utilizam sistemas de gerenciamento e automação de projetos.


Por: Fabrício S Costa
Informações Técnicas e Revisão: Fernando Souza

sexta-feira

Ubuntu, tecnologia de software para todas as partes do globo

Eu comecei a utilizar Ubuntu à partir da versão 6.06. Me adaptei muito rápido porque a distribuição é muito simples de manipular. Hoje eu acompanho todos lançamentos e estou muito satisfeito com as melhorias apresentadas nas versões recentes. Recomendo para quem não tem prática e deseja se aproximar das distribuições linux.

No site http://www.ubuntu-br.org/download você poderá fazer o download da distribuição mais recente e na parte http://www.ubuntu-br.org/comunidade você terá acesso a outros usuários do sistema e a ferramentas de apoio. Em http://www.guiadohardware.net/artigos/dicas-ubuntu/ você encontra dicas pós-instalação.

Passei a utilizar o compiz-fusion à partir da versão 8.10 e consegui configurar vários efeitos com muita facilidade. O ambiente se tornou muito agradável. Estou começando a testar o a versão 10 do Suse, futuramente eu posto os resultados.

No link Filosofia Ubuntu tem um material muito legal sobre os objetivos da empresa Canonical, que desenvolve o sistema e inclusive a idéia de levar a tecnologia de software para todas as partes do globo.